Segundo Leticia Lanz “um dos pontos mais contundentes na sociedade humana é a divisão das pessoas em dois grupos separados e "opostos", chamados respectivamente de “homens” e “mulheres” ou de gênero masculino e gênero feminino. E a androginia tem sido considerada como uma estratégia para superar essa “oposição” e exclusão recíproca em que se baseia a idéia de gênero.”
A androginia é a mistura de gêneros, é a combinação de conceitos de “masculino” e “feminino”, e essa mistura está dominando a indústria da moda. Lea T e Andrej Pejic são dois fortes exemplos dessa tendência que está cada vez mais se firmando em desfiles e editoriais de moda.
O stylist carioca José Camarano define a tendência andrógina como um terceiro boom de padrão estético na moda. “Primeiro, tivemos as bombshells, as mulheres gostosonas. Depois, a moda começou a celebrar mulheres esquálidas, sem sexualidade e até feias. Atualmente, estamos em uma terceira etapa que enaltece a androginia, que não distingue um sexo do outro. Isso tem a ver com globalização, que deixa tudo mais unificado. Talvez o público leigo não esteja preparado para receber essa moda andrógina, mas isso é que é legal. É mais uma novidade para eles, e moda vive de novidade”, completa.
Isabeli Fontana, Raquel Zimmermann e Gisele Bündchen são exemplos brasileiros que lançaram mão de trejeitos masculinos em editoriais.
“A moda contemporânea não pára de brincar com as
diferenças entre os gêneros. Com isso expressamos nossas
idéias mutantes sobre o que é ser homem ou mulher”.
Costanza Pascolato
Postado por: Stefania Teixeira
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