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TERÇA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2011

Magdalena Carmen Frida Khalo y Calderón, conhecida como Frida Khalo. Nasceu em 6 de julho em 1907, em Coyoacán, no México.Filha de  Guillermo Khalo, fotógrafo judeu descendente de alemães austro-húngaros Wilhelm Khalo (1872-1941).OS  antepassados maternos de Frida eram mestiços, considerados o povo autêntico da nação mexicana.Matilde, mãe de Frida nasceu em Oaxaca

Em 1913, aos seis anos, contraiu Poliomielite (Paralisia infantil); fazendo com que sua perna direita ficasse mais fina que a esquerda,e também o pé esquerdo  atrofiado, assim ganhou o apelido de “Frida perna de pau”.

 Frida sobreviveu a doença, mas sua recuperação foi lenta e difícil, tendo que permanecer em seu quarto por nove meses. Nessa época estudava na escola primária no Colégio Alemão. Apesar de faltar muito às aulas, era muito inteligente, possuía memória fotográfica para gravar o que lia.Teve apoio incondicional de seu pai que se preocupava com sua reabilitação.Guillermo encorajava a filha a praticar exercícios e  esportes, como futebol, boxe, natação e luta, práticas  incomuns para uma menina naquela época do México. Frida teve uma adolescência normal, porém não se sentia a vontade com seu corpo, disfarçava a perna e o pé usando três ou quatro meias e um sapato com salto e sola mais grossos.

    Na relação familiar, Frida tinha mais afinidade com o seu pai, que procurava entende-la em suas atitudes excêntricas. Quando  ainda  adolescente ao posar para um retrato em família, Frida vestira-se de menino, de terno e gravata, causando constrangimento em  sua mãe. Ao notar o desconforto da mulher, Guillermo comentou: - sempre quis ter um filho!

Em 1922, entrou para a Escola Nacional Preparatória, na época a melhor instituição de ensino médio do México, de propriedade do Estado. Segue um programa de estudo tendo em mente o ingresso na faculdade de medicina, onde  conheceu seu futuro marido o Muralista Diego Rivera. Frida não se deixou abater com as zombarias de menina, ao contrário transformou-se numa jovem intelectual. Tinha grande interesse pela política, lia livros comunistas e de filosofia, a pintora gostava de declarar-se filha da Revolução mexicana e costumava dizer que tinha nascido em 1910, época em que o México intelectualmente lutava para se livrar da rígida couraça filosófica do Positivismo Científico, do Porfiriato pois como parte da América Latina ainda vivia sob grande influência da cultura francesa, era o caminho que contornava duas influências culturais indesejáveis: ao Norte, os Estados Unidos tido pelos mexicanos como um povo frio, materialista, super poderoso, e as  Espanha, caótica, católica, impotente como o próprio México.

Com esse espírito de travessura Frida, identifica-se com ideais da revolução do México. Aprende pintura com Fernando Fernández, pintor comercial amigo de seu pai e também mostra interesse em fotografar. Desde criança esteve perto da fotografia, devido o trabalho do pai, e também o carinho que tinha por ele. Conhecia algumas técnicas fotográficas, que mais tarde serveriam de ferramenta para sua iniciação no mundo artístico. 

      Frida tinha uma provação pela frente, pois dia 17 de setembro 1925, aos 18 anos sofreu um acidente que iria marcar sua vida para sempre.Na volta da escola para casa Frida, e seu namorado, o transporte coletivo, utilizado na época,  chocou-se com um bonde e Frida teve sua coluna vertebral fraturada em 3 pontos e a perna esquerda em 11, parte do fêmur foi  rompido, quebrou costelas e o osso pélvico, o pé direito foi esmagado e um corrimão ferro do ônibus atravessou sua vagina até a bacia.

     Frida passou por várias cirurgias, ficando no hospital por um mês. Após um ano, parecia ter se recuperado, mas sentia dores na coluna e no pé direito, dando nova entrada no hospital. Não haviam feito radiografia de sua coluna na época do acidente, e só então se descobria que havia deslocamento de várias vértebras. Teve que usar um colete de gesso para a coluna durante nove meses, completamente privada de liberdade dos movimentos corporais.

Foi ali naquele quarto, imobilizada sobre a sua cama que Frida começa uma história de dor, solidão e temor. Seu namorado a deixou para ir para Europa estudar. Seus pais tristes, desgostosos diante o quadro desesperador de sua filha, preocupavam-se como o seu futuro, tratamento era caro, envolvia vários profissionais da área de saúde, ortopedista, fisioterapeuta, cirurgiões, internações, gerando toda uma situação de tensão, pois faltavam-lhes os proventos para tais atendimentos.

Sua mãe sensibilizada por ver sua filha em tal situação, mandou colocar um espelho no teto de sua cama, e mandou confeccionar um cavalete especial com apoio para telas e tintas a fim de permitir que Frida pintasse deitada, para que pudesse criar seus famosos auto-retratos, expressando suas emoções, dores os quais iriam consagrá-la, maior artista mexicana de todos os tempos. Foi nessa época que começou a pintar, forma de lidar com a frustração e a dor

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Assim Frida passara meses sobre a cama, entre cirurgias, coletes, sessões incansáveis de fisioterapia. Durante o tempo que ficou deitada, teve oportunidade de estudar a fundo sua própria imagem refletida nos espelho que a mãe colocara no teto de sua cama. Frida não morreu, escapou da morte, e por conta disso teve a oportunidade de descobrir e experimentar tanto o seu próprio eu como tudo que se relacionava à nova forma de viver, de reiventar a vida.

                

Descupem por algum motivo, desconfiguração da minha máquina, não consegui inserir as imagens, to arrasada!!!! rsrs

Beijo à todos!!

Magda Cabal