Os anos 1980 e mais tarde os 1990, são o período onde vemos explodir um dos maiores (senão o maior) fenômenos midiáticos da contemporaneidade: Madonna. Fruto da cultura de mídia americana, imparcialmente, Madonna pode ser interpretada de diversas formas, entre elas, a de que o poder do papel da mulher na sociedade moderna e pós moderna atingiu um nível de liberdade e contestação icomensuráveis. Carregada de ambigüidades, em seu discurso Madonna ao se apresentar para o mundo pop trouxe o apelo da sexualidade feminina e a questão dos gêneros para o cotidiano, com um belo suporte da mídia direcionada ao público jovem, o canal MTV.
Constantemente se colocando em posições contraditórias, polêmicas, lançando moda e novos conceitos estéticos, Madonna ocupa a mais de 20 anos os holofotes do show business como uma bem sucedida mulher de negócios. Ao longo de sua trajetória, a cantora influenciou novos tipos de comportamento e figuras de identidade, se expressando por vias modernistas, experimentando, construindo, reconstruindo, desconstruindo, subvertendo e extravasando padrões através da moda. Madonna em seus vídeos, brinca, debocha, satiriza e extrapola com papéis sexuais, pondo em cheque conceitos de gênero pre-estabelecidos. Ao se colocar no papel de dominadora em diversas situações de seus vídeos e shows, Madonna inverte as relações de poder,(talvez, materializando os desejos das feministas!) questionando a real importância na afirmação desta ordem de gêneros, criando discussões dentro e fora de seu meio de atuação. De garota hipersexualizada materialista, depois mulher amadurecida e romântica, ativista política até a de mulher super erotizada sexualmente permissiva, Madonna percorre quase todas as essências das idéias feministas seguindo com sua imagem consolidada como um verdadeiro ícone cultural.
Postado por Mary de Cássia Carvalho
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